sexta-feira, 11 de abril de 2008

excedendo o tempo de internet

Embora ontem tenha sido iniciado o módulo dedicado ao jornal impresso, uma notícia veiculada hoje por esse formato de mídia me faz retomar o polêmico assunto da internet. Durante as aulas, discutimos se há, ou não, uma necessidade de regulamentar a internet e controlar seu conteúdo. Hoje a zero hora publicou uma reportagem sobre a utilização do orkut por pedófilos, assunto importante, mas um tanto quanto recorrente. Mostrando o outro lado da fiscalização de conteúdos online, foi trazido ao leitor uma notícia sobre a quebra de sigilo de dados de um jornalista chinês pelo yahoo, que entregou-o ao governo chinês por ter enviado por e-mail um documento cuja publicação vai de encontro às vontades do governo comunista. Além disso, a reportagem mostra a repercussão do fato além das fronteiras da china.
*reportagem sobre pedofilia
*reportagem sobre a quebra de sigilo


Polêmicas não faltam quando são debatidas em um grande grupo os MCMs. Não só pelo impacto produzido pelas inovações tecnológicas que trazem, bem como seus novos conceitos de trasmissão de informações, e acessibilidade ou não à população. Ao se descutir os problemas ecológicos, financeiros, entre outros, que podem ser gerados pelo papel impresso, o Professor Pellanda apresentou ao grupo uma nova tendência do mercado mundial, o papel digital. Elaborado para que livros, jornais e outros documentos impressos possam ser recebidos por assinantes via web, evitando assim o uso de papel. Contudo essa tecnologia é produzida,hoje, por apenas duas empresas, a Amazon e a Sony há lista de espera e o preço (entrono de $400,00 o da amazon e $300,00 o da sony) ainda não é acessivel a boa parte da população, conforme disseram alguns alunos. O Professor Mércio comparou então o preço dessa tecnologiacom a assinatura anual de grandes jornais brasileiros mostrando que em alguns casos essas tem preço superior ao de um aparelho como esses.
Eis que surgiu então um debate sobre quanto tempo as tecnologias levam, no Brasil mais especificamente, para deixarem de ser consumíveis apenas para a elite do povo brasileiro, chegando a um patamar popular. Citou-se o exemplo do celular que dez anos atrás custava aproximadamente mil reais, ainda no seu formato 'tijorola', e hoje pode ser adquirido gratuitamente ao contratar um linha telefônica. A popularização da internet, e seu acesso com maior velocidade, são muito recentes em no país, bem como as discussões a respeito das suas vantagens, desvantagens e valores. No Japão porém essa preocupação já existia dez anos atrás quando foi lançado o anime Lain , no qual, influenciada por uma colega,a protagonista abandona seu corpo real para viver no mundo virtual.
É no meio de diversas dúvidas quanto às novidades tecnológicas, tanto no que diz respeito à democratização do seu acesso, quanto à forma como serão absorvidas pela sociedade, e até que ponto substituirão os já consolidados meios de comunicação, que se encerra o módulo internet. As respostas a estes questionamentos ainda levarão um certo tempo. Algumas podem vir a ser solucionadas antes mesmo do encerramento do blog, junto ao semestre acadêmico. Já outras poderão levar mais tempo. Certo é que o ritmo alucinante da globalização fará com que chegue-se a elas mais rapidamente do que o tempo levado pelos mais antigos meios, jornal e radio, para consagrarem-se junto ao público.

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